A tricotilomania é um transtorno que leva a pessoa a arrancar pelos ou fios das sobrancelhas, cílios e tufos de cabelo. Este comportamento, quando recorrente, pode resultar em queda capilar na região afetada e no desenvolvimento de falhas.
Especialista em tricologia, que estuda os fios e cabelos, a Dra. Elisângela Cozzer, alerta que muitas vezes o hábito de arrancar cabelos é negligenciado, subestimado e mal compreendido. “Esta é uma condição séria que pode ter impactos significativos na autoestima e qualidade de vida dos pacientes. Embora o tratamento exija uma abordagem multidisciplinar, a tricologia desempenha um papel crucial na recuperação dos pacientes”, explica.
A tricologia é a área da saúde que se dedica ao estudo e tratamento dos cabelos e do couro cabeludo. A especialista enfatiza que, ao tratar a tricotilomania, é essencial abordar não apenas os sintomas visíveis, que é arrancar o cabelo, mas também as causas subjacentes, muitas vezes relacionadas a fatores psicológicos.
“A abordagem da tricotilomania envolve compreender os desencadeadores emocionais que levam ao comportamento de arrancar os cabelos, a exemplo de estresse e ansiedade. Assim, o trabalho em conjunto com profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, é fundamental para um tratamento eficaz”, afirma.
Para os aspectos físicos, a tricologia oferece opções de tratamento que visam promover o crescimento capilar e melhorar a saúde do couro cabeludo. Elisângela destaca técnicas avançadas, como terapias a laser, a exemplo da fotobiomodulação e tratamentos tópicos específicos que são os nutracêuticos, além dos injetáveis, como o MMP, mesoterapia ou intradermoterapia e que podem ser integrados ao plano de cuidados para otimizar os resultados.
Por fim, ela enfatiza que a tricotilomania é uma condição tratável, e a busca por ajuda profissional é o primeiro passo importante para a recuperação. “Quanto antes começamos o tratamento melhores serão os resultados. Daí a necessidade de observar o comportamento e buscar a orientação de especialistas em tricologia e profissionais de saúde mental para um tratamento abrangente e personalizado”, conclui.