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Coceira e manchas vermelhas na pele: 1 a cada 5 pessoas no Brasil terá urticária durante a vida

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Sabe aquela coceira recorrente, com mancha vermelha na pele, sensação de ardor, que permanece apenas algumas horas em um local e some sem deixar qualquer sinal? Isso pode ser urticária. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), uma a cada cinco pessoas no Brasil terá um episódio de urticária em algum momento da vida, podendo acometer diferentes faixas etárias, do bebê ao idoso, de ambos os sexos.

“A urticária vai muito além de uma questão ‘estética’ da pele. Os pacientes que apresentam evolução crônica da doença, podem ter surtos imprevisíveis, com impacto no dia a dia, interferindo no sono, nos relacionamentos pessoais e profissionais, por exemplo. Por isso, é importante acompanhamento e tratamento adequados”, orienta a alergista e imunologista da Reuma, Joseane Chiabai, ressaltando que viver com urticária pode ser um desafio constante, daí a importância de aumentar a conscientização sobre a doença entre familiares e amigos.

Mas, o que é urticária?

A urticária se caracteriza por urticas (placas), na maioria das vezes vermelhas, que surgem de repente na pele e coçam (o paciente pode ter a sensação de queimação).

As urticas podem aparecer no corpo inteiro ou apenas em regiões localizadas, sem razão aparente ou em alguns casos reagindo a certos estímulos, como após a exposição solar ou ao frio. Não é incomum ocorrer um inchaço da pele mais profunda, que é chamado de angioedema.

“Uma característica da urticária é a sua volatilidade, ou seja, as urticas permanecem apenas algumas horas em um local e deixam de existir sem deixar qualquer sinal em até 24h”, lembra a médica.

Sintomas da urticária

O sintoma mais comum é a coceira intensa, mas as lesões podem provocar a sensação de queimação ou ardência. A doença afeta a qualidade de vida do paciente, que em muitos casos não consegue trabalhar nem ter um boa noite de sono.

“Os sinais e sintomas da urticária podem reaparecer a qualquer momento, durante horas ou meses, e podem vir associados a inchaços localizados, que normalmente atingem as pálpebras, lábios, língua e garganta. Esse inchaço é chamado de angioedema e, algumas vezes, dificulta a respiração, constituindo risco de perda da vida”, alerta a especialista.

Tipos de urticária

De acordo com o tempo de duração, a urticária pode ser aguda, quando os sinais e sintomas desaparecem em menos de seis semanas; ou crônica, quando os sintomas duram por seis semanas ou mais. A primeira é mais frequente e ocorre principalmente nas crianças e adultos jovens. A segunda acomete mais as mulheres entre 25 e 45 anos de idade.

Elas também são classificadas com espontâneas, quando as urticas aparecem mesmo sem estímulo algum, de forma espontânea, como o próprio nome diz; ou induzidas, quando se consegue induzir a urticária, como a urticária ao calor, ao frio, à pressão, solar, entre outras.

Quando falamos de urticária, é preciso ter duas coisas em mente: a primeira é que ela nem sempre é uma alergia; e a segunda é que nem toda urticária é causada por fatores externos. A UCE (urticária crônica espontânea) não é causada por nenhum agente externo, e sim pelo próprio organismo.

Dicas para um tratamento eficaz

Rachel Bertolani, dermatologista da Reuma, reforça que para um tratamento eficaz é fundamental que o paciente procure um médico especialista em urticária, podendo ser alergista ou dermatologista.

“O especialista vai identificar as possíveis causas ou fatores de piora, os tipos de urticária associados e indicar o melhor tratamento, com o objetivo de controle total da doença”.

O tratamento é realizado com medicamentos anti-histamínicos de 2ª geração, pois estes são não-sedantes. Para os pacientes com urticária crônica induzida, deve-se também eliminar os fatores desencadeantes e agravantes da urticária. Caso o paciente não apresente melhora, a dose deste anti-histamínico pode ser aumentada.

Pacientes com urticária crônica espontânea que não respondem a essas doses aumentadas, têm indicação de associação de medicação imunobiológica ao seu tratamento.

“O medicamento imunobiológico anti-IgE apresenta resultados otimistas para o problema, já que atua diretamente no anticorpo IgE desencadeador da doença, evitando que haja a liberação de histamina no organismo e, consequentemente, impedindo o aparecimento dos sintomas cutâneos. Eles podem ser indicados tanto para adultos como para adolescente (acima dos 12 anos) e, com o tratamento correto, os sintomas ficam sob controle, oferecendo mais qualidade de vida aos pacientes”, explicou Joseane Chiabai.

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Juliana Fonseca

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