Empatia, resolução de conflitos e autoconsciência emocional são temas que estão cada vez mais presentes dentro das salas de aula. É que a educação é pensada, hoje em dia, além da transmissão de conhecimentos acadêmicos, abrangendo também o desenvolvimento socioemocional dos alunos.
Mas, então, o que seria a educação socioemocional? É uma abordagem que se concentra no desenvolvimento das habilidades emocionais, sociais e interpessoais dos indivíduos. Ela reconhece a importância não apenas do aprendizado na escola ao longo dos anos, mas também da capacidade de compreender e gerenciar emoções, estabelecer relacionamentos saudáveis, tomar decisões responsáveis e lidar com desafios de forma eficaz.
“A educação socioemocional permite que os alunos desenvolvam competências essenciais para enfrentar os desafios da vida. Essas habilidades não apenas contribuem para o sucesso acadêmico, mas também para o bem-estar geral e a qualidade das relações interpessoais”, comentou a psicóloga Renata Junger.
Ou seja, a educação socioemocional vai além do ensino tradicional de disciplinas que já conhecemos, como Matemática, História ou Geografia. “Ela visa a formação de indivíduos completos e por isso requer uma abordagem mais abrangente, que considere tanto o conhecimento intelectual quanto o desenvolvimento emocional e social, preparando os alunos não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para uma vida plena e significativa”, ressaltou o diretor-geral do MADAN, Daniel Rojas.
Segundo ele, na escola, que atende jovens da 1ª a 3ª séries do Ensino Médio e Pré-vestibular, a abordagem não se limita a programas isolados, integrando práticas socioemocionais em todos os aspectos da vida escolar, desde as aulas até as atividades extracurriculares.
“É fundamental que os alunos tenham a oportunidade de aplicar e praticar essas habilidades em diferentes contextos. No MADAN, temos periodicamente as Rodas de Conversas com a psicóloga, onde são debatidos temas como ansiedade, frustração, e outros, contamos também com atendimento regular com essa profissional e com a equipe pedagógica e, toda semana, aulas de meditação, com um instrutor de ioga, fortalecendo assim a capacidade dos estudantes de enfrentarem os desafios do mundo real”, disse Daniel.
A neuroeducadora Cláudia Pelegrini explica que entre as habilidades trabalhadas na educação socioemocional estão autogerenciamento emocional, empatia, comunicação eficaz, colaboração e pensamento crítico. “Ao integrar esses aspectos na educação, as escolas promovem um ambiente de aprendizado mais saudável e inclusivo, e também contribuem para o desenvolvimento global dos alunos, preparando-os para lidar com desafios emocionais, construir relações significativas e se tornarem pessoas mais bem preparadas para as complexidades da vida pessoal, acadêmica e profissional”.
Confira abaixo como a educação socioambiental pode ser trabalhada na escola, segundo os profissionais entrevistados:
Promover a comunicação aberta: estimular um ambiente onde os alunos se sintam à vontade para expressar seus sentimentos e preocupações.
Fomentar a empatia: incentivar a compreensão das emoções dos outros e a capacidade de se colocar no lugar do próximo.
Desenvolver habilidades de resolução de problemas: encorajar os alunos a enfrentarem desafios de forma construtiva, buscando soluções colaborativas.
Cultivar a autoconsciência: promover atividades que ajudem os alunos a reconhecerem e gerenciarem suas próprias emoções e comportamentos.