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A participação da família na escola é fundamental para um melhor desenvolvimento intelectual e emocional do estudante? Segundo especialistas, sim! Eles defendem que a base que sustenta o processo educacional de qualidade é justamente a parceria entre esses dois ambientes, proporcionando um excelente suporte de aprendizado e de bem-estar psicológico para os alunos, com benefícios significativos e duradouros.

“Esse elo é fundamental e não molda apenas o desempenho acadêmico, mas também influencia profundamente no bem-estar emocional e psicológico dos estudantes. Estudos têm demonstrado, por exemplo, que quando há essa parceria ativa entre família e escola, o desempenho acadêmico é melhor, há maior frequência escolar e taxas mais baixas de evasão”, comentou o diretor pedagógico do MADAN, Rodrigo Pinheiro.

Essa questão é tão séria que foi criado, em 2001, pelo Ministério da Educação (MEC), o Dia Nacional da Família na Escola, celebrado hoje, dia 24. Segundo o órgão, a data tem como objetivo sensibilizar a sociedade, pais, professores e diretores quanto à importância da integração e do acompanhamento dos familiares nas atividades pedagógicas e socioeducativas desenvolvidas pela escola.

Mas, como investir nessa relação? Um dos caminhos é primar por uma comunicação aberta e transparente. Para isso, a escola precisa estabelecer canais de comunicação claros e acessíveis entre pais e educadores, garantindo que ambas as partes estejam informadas e envolvidas no progresso e nas necessidades dos alunos.

“Incentivar a participação dos pais em atividades escolares, como reuniões de pais e conselhos escolares, também fortalece o senso de comunidade e colaboração, além de permitir que os pais compreendam melhor o ambiente de aprendizado de seus filhos”, destacou a coordenadora pedagógica Marina Monteiro, ressaltando que reconhecer e respeitar os papéis únicos que famílias e educadores desempenham na vida das crianças é essencial para construir uma parceria sólida e produtiva.

Leonardo Rosalem Dazzi e Rosiane Pacheco Dazzi, pais de Felipe Pacheco Dazzi, de 17 anos, apostam no diálogo aberto. “Na minha opinião, a família tem uma importância no desenvolvimento do aluno tão grande quanto a escola, principalmente apoiando na saúde mental deles que, tão novos, já passam por grandes desafios na vida. Nossa participação é sempre ficar de olhos atentos na relação do nosso filho com a escola e principalmente com os colegas e, para isso, temos sempre um diálogo aberto e de confiança com ele, pois além de amigo somos seus pais”, comentou Leonardo.

Patrícia de Morais Boechat, mãe de Enzo Boechat, 17 anos, também defende a participação colaborativa. “Acredito que a participação colaborativa dos pais com a escola seja fundamental. Sempre busquei sentar e conversar com a escola quando necessário. Meu filho está cursando a terceira série do Ensino Médio, mas algumas coisas nunca mudam, como sempre olhar a agenda, acompanhar o processo de aprendizagem e, caso ocorra alguma dificuldade, sempre peço auxílio da escola para que juntos possamos chegar a uma solução”, orientou.

Pai de Lucas Guzzo Leal, de 16 anos, Leonardo Carvalho Leal acredita que escola e família são complementares e que até nos momentos de lazer os familiares podem despertar o interesse dos adolescentes pelo aprendizado.

“Para mim, escola e família são complementares. Na escola, além dos conteúdos são criadas relações, há uma série de ações sociais que estão previstas nessa interação comum no ambiente escolar, mas que são sedimentadas, aferidas e afiadas pela família, em casa. Então, é uma extensão, é um ato contínuo. Meu filho Lucas chega da escola e continua a saga de estudos. É lógico que ele tem as pausas para descanso. Mas a gente procura fazer com que até os momentos de lazer sejam proveitosos no sentido cultural. Por exemplo, ele quer fazer Medicina, então a gente o leva para passear pela Ufes para mostrar como é a vida acadêmica. Se você vai ao Convento da Penha, também está instruindo seu filho na parte de Geografia, História e Cultura da cidade, assim como em um passeio pelo Centro de Vitória”.

A neuroeducadora Cláudia Pelegrini destaca a importância de um ambiente seguro para o desenvolvimento cerebral saudável. Ela enfatiza que a colaboração entre pais e educadores é fundamental para facilitar a aprendizagem dos alunos. “Essa parceria promove a regulação emocional, permitindo que os alunos abordem desafios acadêmicos e emocionais de forma mais eficaz. A confiança mútua entre pais, educadores e alunos é necessária para criar um ambiente seguro, promovendo um senso de pertencimento que contribui para o sucesso acadêmico. Além disso, a colaboração entre pais e educadores fortalece a resiliência dos alunos, capacitando-os a enfrentar desafios futuros com mais confiança, graças aos relacionamentos seguros e de apoio”.

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